quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A lâmpada do banheiro

    A lâmpada do banheiro da minha casa está com defeito. Quando a acendemos, ela se apaga sozinha depois de alguns instantes e volta a se acender automaticamente. Esses instantes de acesa e apagada é a própria lâmpada que os define, segundo a sua vontade.

    Ontem à noite, entrei no banheiro, acendi a luz e, quando comecei a urinar, a lâmpada se apagou, deixando o banheiro todo num escuro total, como se eu estivesse com os olhos fechados. Evidentemente, não parei o que eu estava fazendo: mijei às cegas, tentando manter o controle. No exato momento em que terminei de fazer todo o xixi, a lâmpada, rindo da minha cara, se acendeu. Mas eu me senti vitorioso, pois nem uma gota de xixi havia caído no chão. Agradeci à lâmpada por ter me mostrado o quanto sou bom nisso! Se houvesse curso de fazer xixi em pé, eu teria passado nessa prova com a nota mais alta. Em verdade, em verdade vos digo, mulheres, não é tão simples urinar em pé. Requer uma técnica que vamos aperfeiçoando com o tempo. Se fosse dado a uma mulher, por um dia, o poder de urinar como nós homens, creio que ela não conseguiria controlar a... a pontaria.

    Vou consertar a lâmpada, antes que ela me faça escrever mais coisas assim.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O pinto perneta

    Foi meu primo que me contou essa história. Não sei se é verdadeira!
    Era uma vez, um pinto que nasceu sem uma das pernas. Vendo o bichinho sem poder andar, o seu dono implantou um palito de fósforo como prótese. O pinto se adaptou tão bem à nova perna que resolveu ciscar com ela. O resultado foi que o palito de fósforo se acendeu e começou a pegar fogo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Olhos e café

Escrevi isto para a menina que amo, mas acho que não vou mostrar a ela. Talvez eu a deixasse assutada, não sei...

Há pessoas que leem bebendo café; eu leio bebendo seus olhos.
Cada vez que viro a página ou durante o breve intervalo entre os capítulos,
fito por um instante os seus olhos estampados na foto diante de mim, sobre a escrivaninha.

Neste caso, os olhos dela seriam minha xícara de café, que realmente me esquenta e não me deixa ficar estressado. Vou parar com as metáforas; está ficando estranho!