terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Livres para pensar


    Quando eu disse, no Twitter, que precisamos de ateísmo criativo, pois só assim as pessoas que têm contato com nossas palavras ficam ateias também, não significa de modo algum que eu esteja defendendo a coação para se impor ideias.
    Uma das coisas que mais repudio neste mundo é justamente os discursos ou opiniões que tendem a obrigar o leitor a pensar como o que proferiu ou escreveu as palavras. As pessoas que ficam ateias somente tendo contato com as palavras do ateu, conforme mencionado acima, é consequência da capacidade de eloquência do tal descrente, que livremente levou o ouvinte a adotar também o ateísmo.
    Se você quiser acreditar em Deus ou deuses e se sentir bem na crença, acredite em divindades, não tenho absolutamente nada contra os que creem em forças ocultas e/ou superstições. Do mesmo modo, se você tiver oitenta anos e continuar acreditando em Papai Noel, acredite, você é livre para pensar o que quiser, encontrar a verdade onde quiser e fazer o que quiser. Mas se você sentir que falta espaço para vivenciar as suas ideias, crenças ou descrenças, significa que a sociedade ao seu redor está com uma saúde muito precária e precisa o quanto antes de remédios.
    Defendo uma sociedade alternativa, tal qual é cantada na famosa música do Raul Seixas. Só assim grandes mentes surgem do meio do povo e a nação cresce.

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