segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Meu cachorro volta a aprontar

    Todas as manhãs, sou acordado por Micke (meu cachorro) latindo bastante me chamando para ir passear. É muito mais eficiente que qualquer despertador, pois ele não para de me importunar até que eu ponha nele a coleira e saiamos os dois para a rua. Mas hoje ele resolveu aprontar uma que há tempo não aprontava.
    Não fui hoje acordado pelos latidos dele, mas sim por alguém daqui de casa dizendo: “Micke fugiu!” Óbvio que quando viemos a perceber isso, vários minutos já se tinham passado desde que ele se mandou.
    Levantei-me da cama às pressas e só não saí na rua de pijama porque havia uma roupa minha pendurada na estante do quarto, o que me fez lembrar de vesti-la.
    Pouco depois de sair de casa, encontrei uma vizinha, que felizmente me falou que tinha visto o Micke passar por ela e me indicou a direção por onde ele seguiu. Não demorei a achá-lo, na companhia de vários amigos cachorros que acabara de fazer. Conheço muito bem o meu Poodle, e pelo que percebi, ele estava juntando aqueles cachorros que encontrava para formar uma gangue. Mas cheguei a tempo de acabar com tudo; pus a coleira nele e voltamos para casa.
    Ainda não sei bem como o Micke conseguiu sair de casa sozinho, com a porta fechada, e principalmente como conseguiu passar pelo portão da frente. Ele está aprendendo coisas que são demais para um simples cachorro pequeno. Mas, fazer o quê? O que esperar do cachorro do André? E olhe que ele não é um cão agitado (assim como o dono!) nem dado a aprontar artimanhas; ao contrário, é bem quietinho.
    Minha mãe disse que, levando-se em conta o sucesso da fuga, sem dúvida o Micke passara a noite inteira planejando como a executaria, sem pensar, porém, que eu o fosse procurar tão logo percebesse a sua falta. Mas eu acho que o real motivo por ele ter assim se esvaído foi uma piada que o contei ontem à noite.

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